18 de Setembro de 2020

Logística aeroespacial - Quais são as novidades? 

Nancy Matheus trabalhou na indústria da cadeia de suprimentos por mais de 30 anos e é o principal líder de nossa vertical de logística aeroespacial.

Nancy é uma líder global aeroespacial e de aviação que trabalha em colaboração com uma ampla variedade de clientes aeroespaciais globais para desenvolver soluções altamente personalizadas para enfrentar os desafios de logística global.

Nancy recentemente participou de nosso 'Café com Crane' série de podcast para compartilhar sua visão e experiência do setor.

Abaixo está um trecho da entrevista podcast 'Como o COVID-19 está remodelando a indústria aeroespacial'. 

Como COVID-19 impactou o mundo, como o vírus impactou o setor aeroespacial? 

No início, quando a pandemia COVID-19 foi identificada pela primeira vez, havia muito poucas companhias aéreas em dia com seus horários de voos devido aos países em bloqueio. Os aviões estavam aterrados em todo o mundo, o que era um problema único, pois as aeronaves não estavam necessariamente no local certo para manutenção, por exemplo. Uma porcentagem significativa da carga que está se movendo ao redor do mundo para nós é transportada no porão de um avião de passageiros e de repente essa capacidade acabou. Além disso, vimos um influxo de remessas de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e a carga estava sendo transportada com urgência em qualquer capacidade que estivesse disponível, incluindo 'preighters', aeronaves de passageiros que as companhias aéreas converteram para transportar cargas. 

Se você olhar para o setor aeroespacial em particular, para embarques de MRO (Manutenção, Reparo e Revisão) e AOG (Aeronave em Terra), o desafio era encontrar capacidade de carga e elevação disponível, tendo o problema adicional de voos serem cancelados regularmente. 

As companhias aéreas de todo o mundo precisavam de apoio para o setor aeroespacial, pois a pandemia afetou os resultados financeiros. Como fornecemos suporte logístico a muitos dos vinte maiores provedores de serviços aos passageiros, nos adaptamos e aprendemos a nos concentrar nas necessidades e nos desafios atuais, pois esse é um ambiente em constante mudança, mesmo agora. A norma hoje não é nada como a norma que conhecíamos no passado. Comunicação e adaptabilidade como um provedor de serviços de logística são fundamentais. 

O que você vê para o futuro do setor de MRO (Manutenção, Reparo e Revisão), a longo e curto prazo? 

Acho que, a curto prazo, estamos vendo a mudança de peças críticas em movimento sendo transportadas para depósitos de peças adicionais menores, alguns dos fornecedores de peças de reposição estão em uma posição de ter um bom fluxo de caixa. Portanto, eles estão aproveitando a oportunidade para adquirir peças de transportadoras que buscam gerar dinheiro com a venda de peças em estoque no mercado. Algumas companhias aéreas têm peças suplementares, por exemplo, que não são utilizadas devido à aeronave em solo. Portanto, estamos vendo depósitos de peças para MROs em expansão em alguns dos mercados mais obscuros, onde houve pouca presença na preparação para o futuro. 

Existem muitas oportunidades para colocar transportadores de passageiros e carga de volta no ar à medida que o mundo se abre novamente. Temos uma equipe extraordinária de especialistas em logística na vertical aeroespacial. Sempre apoiaremos nossos clientes nas oportunidades que eles anteverem em seus mercados e apresentaremos soluções logísticas destacando suas limitações e com total honestidade na forma como as operações serão realizadas. 

Como você vê as companhias aéreas se recuperando do COVID-19? 

Como apoiamos as companhias aéreas no setor aeroespacial, como nossos clientes em MRO, por exemplo, eles também são nossos fornecedores na medida em que adquirimos capacidade de carga. Temos um interesse mútuo em determinar soluções logísticas para ajudar a apoiar a recuperação. A demanda será impulsionada por passageiros voando novamente em aeronaves. Para as transportadoras de carga aérea, minha opinião é que algumas das bases de fabricação vão mudar em um mundo que descobriu que precisam de mais de uma fonte de abastecimento. Tornou-se um conjunto crítico de circunstâncias que foram destacadas durante esta pandemia. Conforme essas mudanças ocorrem, conforme as companhias aéreas começam a se adaptar e implementar rotas diferentes, por exemplo, os especialistas aeroespaciais da Crane Worldwide estarão lá para apoiar essas necessidades de logística em constante mudança. 

Como será o futuro da fabricação de aeronaves após a pandemia? 

Temos a sorte de apoiar dois dos maiores fabricantes de aeronaves do mundo e os programas que estamos apoiando continuam a fabricar com capacidade reduzida. Isso impacta a base de fornecedores, os fornecedores de matéria-prima, as peças que estão em movimento e impacta a quantidade de material e peças que precisam ser armazenadas. Estamos analisando opções maiores de estoque futuro, por exemplo, bem como determinar como os custos de transporte podem ser reduzidos, visto que a urgência de envio das peças não é tão crítica se a taxa de produção diminuir. É um setor que está mudando e, como parceiro logístico, tudo se resume a encontrar soluções que sejam econômicas e eficientes para suportar as mudanças que estão por vir. 

Se você estiver interessado em aprender mais sobre o suporte da cadeia de suprimentos aeroespacial disponível com os especialistas em logística da Crane Worldwide, envie sua pergunta abaixo.

Você também pode ouvir o podcast completo aqui:

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